Uma das características chaves para um arquiteto é a criação de confiança e liderança técnica dentro de times de TI. Um excelente material a respeito sobre o estabelecimento de confiança e liderança, que adapto aqui para TI, foi escrito pelo Stephen M. R. Covey. Este material é simples e fornece conselhos bem pragmáticos sobre o tema. A sua prática, apesar de bastante complexa, pode gerar resultados fantásticos na dinâmica de um projeto.

Comportamentos do Caráter do Arquiteto

  1. Ser franco. Ser honesto, dizer a verdade, usar linguagem simples, demonstrar integridade e não manipular pessoas estabelece conexões entre times e também com os envolvidos (clientes, patrocinadores, usuários e gerentes). Um projeto com pessoas desconectadas raramente irá cumprir seus objetivos. Um projeto com desenvolvedores versus usuários raramente resulta em relações ganha-ganha.
  2. Demonstrar preocupação sincera. Um arquiteto deve ouvir e respeitar profundamente todo o time técnico. Ouvir requer tempo e disposição. Nào é possível e correto ser “eficiente” com o time de desenvolvimento, especialmente com iniciantes.
  3. Criar Transparência. Um arquiteto não deve esconder informações do time. Ao invés, toda informação deve ser divulgada de forma aberta para críticas e melhorias.
  4. Fazer dos Erros Acertos. Errar é humano. Reconhecer erros demonstra humildade. Pedir desculpas sinceras com rapidez demonstra grandeza.
  5. Demonstrar Lealdade. É fundamental dar créditos às idéias de cada pessoa do seu time. Quando falar sobre qualquer pessoa do projeto (incluindo o cliente!), assuma que ele esteja presente.

Comportamentos de Competência do Arquiteto

  1. Gerar Resultados. Um arquiteto deve produzir resultados consistentes durante todo o projeto. Manter o cronograma no prazo e gerenciar o orçamento técnico do projeto são aspectos chave para demonstrar competência técnica. Se algo fugir do planejado, o arquiteto não deve inventar desculpas pelo ocorrido.
  2. Melhorar Continuamente. Aumentar permanentemente os conhecimentos técnicos e habilidades é uma obrigação. O arquiteto deve ser um aprendiz eterno. Para isso, ele deve desenvolvedor sistemas de feedback formais e informais e aprender com este sistema. Parar no tempo e assumir que você se tornou sênior é um erro mortal.
  3. Encarar a Realidade. Enfrente a realidade e não as pessoas, i.e., trate as questões difíceis do seu projeto abertamente e não as esconda ou se esconda delas. Um bom arquiteto deve assumir os desafios e buscar soluções coletivas com todo o time para resolvê-las.
  4. Esclareça as Expectativas. Abrir e revelar expectativas, discuti-las diariamente com o time e validá-las é chave para exercer liderança técnica. Se necessário, renegocie as expectativas. O arquiteto não deve violar as expectativas e nunca assumir que elas estejam claras ou compartilhadas antes que ele as discuta.
  5. Pratique a responsabilidade. Seja responsável pelos resultados, positivos ou negativos. Não apontar os dedos para os outros em situaçòes da responsabilidade de um arquiteto é fundamental. Um arquiteto deve ser claro sobre como comunicar as suas ações no projeto e também as ações do time.

Comportamentos de Caráter e Competência do Arquiteto

  1. Ouvir primeiro. Ouvir é difícil. Ouvir atentamente é muito difícil. Entretanto, um arquiteto deve aprender a ouvir, entender e gerar diagnósticos. Interromper pessoas no meio de uma explicação técnica é sinal de menosprezo e desprezo. Ao invés, o arquiteto não deve assumir que ele tenha todas as respostas ou questões. Pratique o “ouvir” no seu projeto.
  2. Honrar seus acordos. Diga o que você irá fazer. Então faça o que você disse que iria fazer. Mantenha os compromissos a qualquer custo, uma vez que você os tenha feito com o seu time. Se você marcou uma reunião, esteja lá pontualmente. Se disse que irá responder um email, responda-o. O compromisso é sinal de honra. A ausência do compromisso quebra a confiança.
  3. Estender a Confiança. Demonstrar a propensão à confiança com as pessoas que você tenha ganho a confiança é fundamental. O arquiteto deve aprender como estender a confiança a outras pessoas baseado na situação, risco e credibilidade.

Retirado do blog de Marc Mendes.



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