Se você tem uma linguagem de programação odiada e a considera a pior possível, é porque ainda não ouviu falar de Malboge. Criada por Ben Olmstead em 1998, a linguagem foi desenvolvida com o único intuito de ser a pior linguagem de programação possível.
A linguagem é tão difícil de ser entendida que somente depois de dois anos de ter sido inventada que surgiu seu primeiro programa. Por sinal, não foi criado por um humano, mas sim por um algoritmo baseado em LISP, desenvolvido por Andrew Cooke.
Para se ter uma ideia da complexidade do código, um simples Hello World seria codificado da seguinte forma:
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Basicamente, o Malbolge utiliza três registradores, que funcionam como variáveis: a, c, d. Elas iniciam com valor zero, onde c recebe a instrução que irá ser processada no momento, e d recebe um endereço de memória específico das operações implementadas.
Possui 59049 locações de memórias virtuais que podem armazenar números de dez dígitos. A primeira parte dessas locações recebem o programa, e as restantes são preenchidas por dados de uma instrução chamada Crazy Operation, que recebem os endereços anteriores ([m] = crz [m – 2], [m – 1]) e realizam operações imediatas que repetem os endereços de memória 12 vezes (já que os dígitos individuais ternários se repetem a cada três ou quatro endereços, dando no total um grupo de endereços 12 vezes repetidos igualitariamente).
E aí, quem se arrisca a criar um programa? 😉
Saiba mais sobre a linguagem:
- Linguagens de programação exotéricas (em inglês) – http://esolangs.org/wiki/malbolge
- Introdução à Malboge (em inglês) – http://www.lscheffer.com/malbolge.shtml
Esse post foi uma dica do André Luiz. A comunidade do ‘Eu Faço Programas’ agradece!