Resultados de busca do Google passam a considerar, a partir da próxima semana, também fatores relacionados a conteúdo ilegal. O buscador anunciou na última sexta-feira que adicionou alterações ao algoritmo de pesquisa para que páginas reconhecidamente detentoras de pirataria apareçam em posições inferiores nas páginas de resultados. Este é o gigante da web tomando a frente na briga contra o conteúdo ilegal.

O Google diz que a modificação faz parte da tentativa de oferecer uma experiência melhor para os usuários. Conteúdos legais de áudio, vídeo e downloads fornecidos por empresas confiáveis devem aparecer na frente a partir de agora, para que os internautas tenham acesso primeiro àquilo que é comercializado e garante a sobrevivência dos artistas envolvidos.

O buscador exemplifica da seguinte maneira: músicas que receberam resenha do site da NPR (agência comunitária de notícias), programas de TV publicados no Hulu e rádios transmitidas pelo Spotify vão ascender nos resultados.

Enquanto premia os bons provedores de conteúdo, o Google penaliza sites delatados por conterem conteúdo pirata. Para tanto, vai considerar o número de notificações de copyright consideradas como válidas.

Vale lembrar que a atualização no algoritmo ocorrida no ano passado, quando o Panda entrou em ação, trouxe novos desafios para quem produz conteúdo para a internet – o Google sinalizou muito claramente que as páginas de conteúdo deveriam ser mais densas e completas para que aparecessem na frente nos almejados resultados de busca. Modificações e correções vieram depois que o Google Panda entrou em funcionamente, porém a premissa básica de valorizar o conteúdo denso continua inalterada.

De acordo com o Google, atualmente a companhia verifica por dia mais notificações de copyright do que no ano de 2009. Foram mais de 4,3 milhões de endereços (URLs) revisados somente nos últimos 30 dias. A companhia esclarece que manterá ferramentas para que os webmasters se defendam das notificações de copyright.

O presidente da MPAA, associação americana que defende os produtores de filmes, não perdeu tempo: manifestou-se a favor do anúncio do Google. ”Ficaremos de olho no desenvolvimento [do recurso] – o mal está sempre nos detalhes – e esperamos que o Google tome os próximos passos para assegurar que seus serviços favoreçam criadores e negócios legítimos, não ladrões.”

Vi aqui.

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